22 outubro, 2009

Três anos

...você quer conhecer o terrível dinossauro comedor de cabeças?
Então dá a mão.
Para entrar no incrível quarto bagunçado e escuro a gente precisa estar de mãos dadas, senão a gente se perde.
Toma, ele não morde de noite não.
Nãão, não diz que ele é de brinquedo que ele fica triste!
Ele fala sim, peeelos cotovelos, se você ficar quietinha você vai ouvir...
Certeza que ele quer uma casa feita de almofadas do sofá, eu entendi isso, você também?

(...)

Ui, ouviu o que ele disse? Ele viu uma fada lá no jardim.
Elas piscam, apagam, piscam, rodopiam e voam baixinho pelas flores. Assim, ó.
Mas como, você ainda não viu uma? Ah, elas aparecem quando a gente menos espera, assim, de vez em quando.
Eu? eu vi quando era muito pequena, mas ainda lembro.
Bom, essas fadas pequenininhas, mirradas, a gente só vê quando é pequeno, talvez você ainda veja uma, se olhar bem pro jardim.
Até os oito, eu acho, e mesmo assim, a gente ainda vê umas grandonas, depois que cresce.
Você acha que eu ia mentir pra você?
Eu estou vendo você, não estou? Vai me dizer que você não é uma fadinha, dessas grandonas? Você consegue imaginar que tem asas? E elas brilham? Então. Eu sabia!
Pode dizer no meu ouvido, baixinho.
Ah, que bom que você voa sem tirar os pés do chão, para não assustar a mamãe e a vovó. Muito inteligente isso, gostei.
As asas vermelhas são as mais bonitas mesmo, você sabe escolher bem!

tá, eu prometo.


(ela também disse que quando era pequena, usava uma bóia para nadar, e agora precisa de uma nova, né? aquela ficou pequena- e vai ser toda, toda rosinha)

01 fevereiro, 2009

terrível post devorador de cérebros



será que as jiboias tem menos veneno sem os acentos?

assembleia paranoica
estoica
panaceia heroica
creem, leem e reveem
enjoo

da nova língua portuguesa (será que ainda tem acento aí?)