Porque era velha, de tanto usar.
Desde que precisava de almofada azul numa cadeira para conseguir enxergar acima do papel.
Lugar de balançar os pés, segurar o lápis de cera - até grande demais - e rabiscar além da folha.
De cantos arredondados, polidos, caso bebês bambos trombassem com ela durante a procura das suas próprias pegadas, como de vez em quando acontecia.
Cola, suco de maracujá, glitter do cartão de dia das mães, figurinha do amar-é, tinha marca de tudo desde os meus sete anos naquele pedaço de madeira.
Ela era da época em que comecei a escrever.
E depois parei, porque a escrita começou a ser algo que eu sempre fazia errado, gramática, estilo, linguagem, o que fosse, estaria retorcido.
Um jogo de erros escondidos que só aparecem quando outra pessoa, que não eu, esteja lendo.
Então dei minha escrivaninha.
Lugar de balançar os pés, segurar o lápis de cera - até grande demais - e rabiscar além da folha.
De cantos arredondados, polidos, caso bebês bambos trombassem com ela durante a procura das suas próprias pegadas, como de vez em quando acontecia.
Cola, suco de maracujá, glitter do cartão de dia das mães, figurinha do amar-é, tinha marca de tudo desde os meus sete anos naquele pedaço de madeira.
Ela era da época em que comecei a escrever.
E depois parei, porque a escrita começou a ser algo que eu sempre fazia errado, gramática, estilo, linguagem, o que fosse, estaria retorcido.
Um jogo de erros escondidos que só aparecem quando outra pessoa, que não eu, esteja lendo.
Então dei minha escrivaninha.