11 fevereiro, 2007

guardanapo amassado

Encontrei essa noite um guardanapo perdido, meio rasgado, amassado no cantinho da mochila. Claro, em bolsa de mulher tudo se encontra. Talvez dias, meses depois, mas encontra. A mesma regra vale pra quarto de crianca, carteira de marido e porta-mala de carro, eu acho.

Um pedacinho de papel, rabiscado num cafe "derrubado" que ficava no meio de uma esquina escura em Athens, descrita por amigos como "ah, la naquela area onde as pessoas meio alternativas, cabeca, se encontram pra discutir temas estranhos, tomam cafe depois da aula e usam all-star".

Era um meta-guardanapo, falando de si mesmo e de como sem querer da na gente aquela vontade inexplicavel de escrever. Como se fossemos explodir de dentro para fora.

"Falta papel? Serve nota fiscal, embrulho de bala, guardanapo como este. Qualquer superficie que tenha AQUELE espacinho em branco (colorido, pode ser), predestinado a ser escrito por voce. A ser somente seu, ou de tantos outros ao mesmo tempo. Pode ser riscado so com um 'volto logo', mas o rabiscado da um novo sentido ao papel, seja la qual for. Eh papel riscado de mensagem. Entao risque, pegue uma caneta velha e uma ponta de jornal. E arrisque-se na sua mensagem."